FHC e a maconha: "fumei, mas não traguei".

Você esta acostumado a ver este FHC:

Engravatado, sempre elegante, envolto a livros, intelectual, uma "vítima de calúnias do PT", ou então, homem que deixou uma "herança maldita para Lula no governo federal". Olha para FHC e vê um professor, uma pessoa que já contribuiu com o país e ainda pode contribuir mais?

Este FHC não é muito usual assistir:

No meio da favela, ativo, falando com jovens e tratando de um assunto polêmico e muito atual: AS DROGAS. Enfim, um político sem falar de política e sim de comportamento de uma sociedade e já sem pretensões a cargos públicos.

Um FHC diferente, que assume aos 80 anos de idade humildemente que o Brasil durante seu governo falhou no combate as drogas.  Assistimos um ex-presidente que poderia ter encerrado a sua participação na história política do país, mas prefere, ao invés, da omissão QUEBRAR O TABU, EXPOR A FERIDA E DEBATER SOBRE AS DROGAS, UMA MAZELA SOCIAL.

Não adianta fugir, tentar falar que esse assunto não tem nada a ver com você e continuar nesse "castelo encantado" imaginando que apenas "pobres, pretos e putas",  podem ser presos, traficantes ou consumidores de drogas.

Cadeia , drogas, violência - são temas que não escolhem credo, cor ou classe social - estão presentes em todas as famílias brasileiras e não basta fazer vista grossa é preciso encarar o problema.  E é justamente isso que FHC traz a tona no filme Quebrando o Tabu:



Durante a sua juventude em determinda ocasião FHC admitiu publicamente que "fumei, mas não traguei", referindo-se a maconha.

Hoje, com muitos anos a mais e muita experiência acumulada ao longo de sua vida propõe discutir a DISCRIMINALIZAÇÃO E REFULAMENTAÇÃO DA MACONHA, afinal de contas ela representa:

• 80% das drogas que circula no país;
• É menos perigosa que o cigarro e o álcool e 
• Não há no SUS nenhuma política eficaz tanto na prevenção, quanto no tratamento curativo.

Enfim, é um problema social a ser debatido e refletido com maior atenção, até porque - REGULAMENTAÇÃO DO USO E CONSUMO DA MACONHA É DIFERENTE A LIBERAÇÃO - a proposta de FHC é que se discuta abertamente e sem pudor um tema polêmico que ao negligenciarmos condenamos vários jovens, homens e mulheres para a maior mazela social, a exclusão.

Você pode não gostar da postura política do ex-presidente, porém, colocar em xeque sua credibilidade e isenção é inaceitável.

Uma discussão que vale a pena e que esta nos cinemas do país, pena que Bragança nem cinema tenha para que possamos acompanhar esta discussão, mas deixo aqui uma reportagem da Globo News bem completa sobre o tem e que vale a pena a reflexão.

Ressalto mais uma vez que proponho o debate das drogas para que jovens não continuem tendo o seu futuro corrompido por nossa negligência.